PASSIFLORACEAE

Passiflora tricuspis Mast.

Como citar:

Luiz Antonio Ferreira dos Santos Filho; Tainan Messina. 2012. Passiflora tricuspis (PASSIFLORACEAE). Lista Vermelha da Flora Brasileira: Centro Nacional de Conservação da Flora/ Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

LC

EOO:

4.255.764,629 Km2

AOO:

368,00 Km2

Endêmica do Brasil:

Detalhes:

Ocorre no Peru, Bolívia e Brasil, nos estados do Pará, Amazonas, Acre, Ceará, Bahia, Mato Grosso, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, São Paulo e Paraná (Bernacci et al., 2003).

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2012
Avaliador: Luiz Antonio Ferreira dos Santos Filho
Revisor: Tainan Messina
Categoria: LC
Justificativa:

<i>Passiflora tricuspis </i>caracteriza-se por trepadeiras herbáceas, hermafroditas, terrícolas. Não endêmica do Brasil. Amplamente distribuída entre 200-1100m de altitude no território brasileiro, sendo mais abundante nos estados de Goiás, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Paraná. Ocorre nos biomas Mata Atlântica, Cerrado, Amazônia e Pantanal. Apresenta EOO de 3.602.468,173km². Protegida por Unidades de Conservação. Devido a sua distribuição disjunta e pontual entre estados brasileiros possivelmente levará a categorias de ameaça em avaliações regionais. Não ameaçada no âmbito nacional.

Perfil da espécie:

Valor econômico:

Potencial valor econômico: Desconhecido

Ecologia:

Biomas: Mata Atlântica, Amazônia, Cerrado, Pantanal, Caatinga
Fitofisionomia: Encontrada em áreas de cerrado, caatinga, floresta pluvial sub-montana e floresta amazônica (Milward-de-Azevedo; Baumgratz, 2004).
Habitats: 1.5 Subtropical/Tropical Dry, 1.6 Subtropical/Tropical Moist Lowland, 2.1 Dry Savanna, 3.5 Subtropical/Tropical Dry
Detalhes: Trepadeira herbácea, distribuída nos diferentes biomas do brasil. Fértil de outubro a maio e dispersada por animais.

Ameaças (2):

Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1 Agriculture
A degradação do solo e dos ecossistemas nativos e a dispersão de espécies exóticas são as maiores e mais amplas ameaças à biodiversidade. A partir de um manejo deficiente do solo, a erosão pode ser alta: em plantios convencionais de soja, a perda da camada superficial do solo é, em média, de 25ton/ha/ano. Aproximadamente 45.000km2 do Cerrado correspondem a áreas abandonadas, onde a erosão pode ser tão elevada quanto a perda de 130ton/ha/ano. O amplo uso de gramíneas africanas para a formação de pastagens é prejudicial à biodiversidade, aos ciclos de queimadas e à capacidade produtiva dos ecossistemas. Para a formação das pastagens, os cerrados são inicialmente limpos e queimados e, então, semeados com gramíneas africanas, como Andropogon gayanus Kunth., Brachiaria brizantha (Hochst. ex. A. Rich) Stapf, B. decumbens Stapf, Hyparrhenia rufa (Nees) Stapf e Melinis minutiflora Beauv. (molassa ou capim-gordura). Metade das pastagens plantadas (cerca de 250.000km2 - uma área equivalente ao estado de São Paulo) está degradada e sustenta poucas cabeças de gado em virtude da reduzida cobertura de plantas, invasão de espécies não palatáveis e cupinzeiros (Klink; Machado, 2005).
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
Em 2003, a área de floresta desmatada na Amazônia brasileira alcançou 648,5 x 10³ km2 (16,2% dos 4 x1.000.000 km2 da floresta original da Amazônia Legal, que é de 5 x 1.000.000 km2), incluindo, aproximadamente, 100 x 1.000 km2 de desmatamento antigo (pré-1970) no Pará e no Maranhão. O índice atual (2010 - 2011) de desmatamento pelo INPE, aponta uma área de 5.692.207 km².Atualmente, o avanço das plantações de soja na região apresenta-se como a maior ameaça, com seu estímulo para o investimento maciço do governo em infra-estrutura, como hidrovias, ferrovias e rodovias. As estradas para retirada de madeira, especialmente para extração de mogno, precedem e acompanham as rodovias, tornando as fronteiras acessíveis para o investimento dos lucros do comércio da madeira em plantações de soja e fazendas para a criação de gado. A extração da madeira aumenta a inflamabilidade da floresta, levando às queimadas do sub-bosque que colocam em movimento um ciclo vicioso de mortalidade de árvores, aumento da carga de combustível, reentrada do fogo e, por fim, destruição total da floresta. As bases de muitas árvores são queimadas à medida que o fogo se prolonga. As árvores da floresta amazônica não são adaptadas ao fogo e a mortalidade a partir de uma primeira queimada fornece o combustível e a aridez necessários para fazer as queimadas subseqüentes muito mais desastrosas. A temperatura alcançada e a altura das chamas na segunda queimada são, significativamente, maiores que na primeira, matando muitas outras árvores.O impacto do corte de espécies de baixa densidade e comercialmente valiosas é, freqüentemente, subestimado. O processo de corte seletivo resulta em um prejuízo de quase duas vezes o volume de árvores que estão sendo removidas. Devido ao fato de muitas árvores menores serem mortas, o efeito sobre os indivíduos é ainda maior (Fearnside, 2005).

Ações de conservação (1):

Ação Situação
1.2.1.3 Sub-national level on going
Presente na Lista de espécies da flora ameaçada de extinção do Rio Grande do Sul na categoria EN (CONSEMA, 2002).